"O Discurso do Rei" e "A Origem" são os grandes vencedores do Oscar 2011, com quatro estatuetas cada um. O primeiro conquistou os três principais prêmios artísticos da 83ª edição da cerimônia de entrega dos prêmios mais cobiçados da indústria americana de cinema - melhor filme, diretor (Tom Hooper) e ator (Colin Firth). O segundo é um azarão que levou apenas prêmios técnicos. E "A Rede Social", grande favorito até semanas atrás, ganhou em apenas três categorias. "O Vencedor" recebeu os outros dois prêmios artísticos, igualando-se em número de troféus a "Alice no País das Maravilhas" e "Toy Story 3". "Bravura Indômita", que havia conquistado 10 indicações, saiu de mãos abanando.
Com os prêmios de coadjuvantes para Melisssa Leo e Christian Bale, dados como certos, o filme "O Vencedor" iniciou a série de prêmios artísticos da noite. Também como era previsto, Natalie Portman, grávida e emocionada, recebeu o prêmio de melhor atriz por sua interpretação no sombrio "Cisne Negro". Outro favorito, Colin Firth levou o prêmio de melhor ator para casa por sua interpretação do rei britânico gago em "O Discurso do Rei".
Com quatro Oscar, "A Origem" liderou a contagem de prêmios durante a maior parte da cerimônia. Mas foram apenas prêmios técnicos, como se esperava - fotografia, roteiro original, mixagem de som e edição de som. "Alice no País das Maravilhas" levou apenas dois prêmios técnicos, de direção de arte e figurino, reforçando a ideia de que dramaticamente o filme de Tim Burton não transcendeu como se imaginava.
Na categoria documentário, a única em que o Brasil teria chance de estar representado se ganhasse, pelo filme "Lixo Extraordinário", foi vencida por "Trabalho Interno", de Charles Fergusson. O diretor americano foi o único ao usar o microfone e o discurso para imprecar contra os malfeitores da crise imobiliária de 2008, nos Estados Unidos. "Passaram-se anos e nenhum deles está preso!", bradou ele.
Aposta da Academia para atrair o público mais jovem e dar mais ânimo à tradicional cerimônia de entrega dos prêmios, Anne Hathaway e James Franco fizeram o que se esperava deles. Com menos clipes explicativos, números mais enxutos e discursos compactos, a festa ficou mais leve e as piadas foram bem colocadas. O que se perdeu, no entanto, foi espaço para gafes e espontaneidade - a não ser por alguns palavrões aqui e ali, como no caso de Melissa Leo e Jake Gyllenhall.
Um dos momentos mais emocionantes da festa foi a aparição de Kirk Douglas, de 95 anos, que foi aplaudido de pé pela platéia do Kodak Theater. Em sua fala, ele fez questão de lembrar que foi indicado três vezes e nunca foi premiado com o Oscar. O pai de Michael Douglas fez elogios a Anne Hathaway e brincou muito com as indicadas ao prêmio de melhor atriz coadjuvante, que apresentou, criando o suspense necessário para anunciar a vencedora.
Outro momento digno de nota, especialmente para quem gosta de acompanhar os Oscar, foi a homenagem dupla, primeiro a Billy Cristal, um dos apresentadores recentes da festa de maior sucesso, que foi aplaudido de pé pela platéia de colegas. E, depois, ao comediante Bob Hope, que apresentou a cerimônia durante anos, nos primórdios da Academia, e apareceu na forma de um holograma, interagindo com Cristal e com os apresentadores da categoria de melhores efeitos visuais, Robert Downey Jr. e Jude Law.
Com os prêmios de coadjuvantes para Melisssa Leo e Christian Bale, dados como certos, o filme "O Vencedor" iniciou a série de prêmios artísticos da noite. Também como era previsto, Natalie Portman, grávida e emocionada, recebeu o prêmio de melhor atriz por sua interpretação no sombrio "Cisne Negro". Outro favorito, Colin Firth levou o prêmio de melhor ator para casa por sua interpretação do rei britânico gago em "O Discurso do Rei".
Com quatro Oscar, "A Origem" liderou a contagem de prêmios durante a maior parte da cerimônia. Mas foram apenas prêmios técnicos, como se esperava - fotografia, roteiro original, mixagem de som e edição de som. "Alice no País das Maravilhas" levou apenas dois prêmios técnicos, de direção de arte e figurino, reforçando a ideia de que dramaticamente o filme de Tim Burton não transcendeu como se imaginava.
Na categoria documentário, a única em que o Brasil teria chance de estar representado se ganhasse, pelo filme "Lixo Extraordinário", foi vencida por "Trabalho Interno", de Charles Fergusson. O diretor americano foi o único ao usar o microfone e o discurso para imprecar contra os malfeitores da crise imobiliária de 2008, nos Estados Unidos. "Passaram-se anos e nenhum deles está preso!", bradou ele.
Aposta da Academia para atrair o público mais jovem e dar mais ânimo à tradicional cerimônia de entrega dos prêmios, Anne Hathaway e James Franco fizeram o que se esperava deles. Com menos clipes explicativos, números mais enxutos e discursos compactos, a festa ficou mais leve e as piadas foram bem colocadas. O que se perdeu, no entanto, foi espaço para gafes e espontaneidade - a não ser por alguns palavrões aqui e ali, como no caso de Melissa Leo e Jake Gyllenhall.
Um dos momentos mais emocionantes da festa foi a aparição de Kirk Douglas, de 95 anos, que foi aplaudido de pé pela platéia do Kodak Theater. Em sua fala, ele fez questão de lembrar que foi indicado três vezes e nunca foi premiado com o Oscar. O pai de Michael Douglas fez elogios a Anne Hathaway e brincou muito com as indicadas ao prêmio de melhor atriz coadjuvante, que apresentou, criando o suspense necessário para anunciar a vencedora.
Outro momento digno de nota, especialmente para quem gosta de acompanhar os Oscar, foi a homenagem dupla, primeiro a Billy Cristal, um dos apresentadores recentes da festa de maior sucesso, que foi aplaudido de pé pela platéia de colegas. E, depois, ao comediante Bob Hope, que apresentou a cerimônia durante anos, nos primórdios da Academia, e apareceu na forma de um holograma, interagindo com Cristal e com os apresentadores da categoria de melhores efeitos visuais, Robert Downey Jr. e Jude Law.
A lista completa dos vencedores
Melhor filme
"O Discurso do Rei"
Melhor diretor
Tom Hooper ("O Discurso do Rei")
Melhor Ator
Colin Firth ("O Discurso do Rei")
Melhor atriz
Natalie Portman ("Cisne Negro")
Melhor ator coadjuvante
Christian Bale ("O Vencedor")
Melhor atriz coadjuvante
Melissa Leo ("O Vencedor")
Melhor roteiro original
"O Discurso do Rei"
Melhor roteiro adaptado
"A Rede Social"
Melhor filme de animação
"Toy Story 3"
Melhor filme estrangeiro
"Em um Mundo Melhor" (Dinamarca)
Melhor fotografia
"A Origem"
Melhor edição
"A Rede Social"
Melhor direção de arte
"Alice no País das Maravilhas"
Melhor figurino
"Alice no País das Maravilhas"
Melhor maquiagem
"O Lobisomem"
Melhor trilha musical
"A Rede Social"
Melhor canção original
"We Belong Together" ("Toy Story 3")
Melhor mixagem de som
"A Origem"
Melhor edição de som
"A Origem"
Melhores efeitos visuais
"A Origem"
Melhor documentário
"Trabalho Interno"
Melhor documentário de curta
"Strangers No More"
Melhor curta de animação
"The Lost Thing"
Melhor curta de ficção
"God of Love"