A cineasta Anna Muylaert recebeu cinco prêmios na cerimônia, entre eles melhor filme e direção por ''É Proibido Fumar''
Com cinco prêmios, "É Proibido Fumar" consagrou-se como o filme mais premiado da nona edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, entregue na noite desta terça (9), no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. Foi uma repetição do que ocorreu no Festival de Brasília, no fim do ano passado, quando a realização de Anna Muylaert também ganhou vários prêmios.
"É Proibido Fumar" superou "Tempos de Paz", recordista de indicações nesta edição. Indicado em 11 categorias, o filme de Daniel Filho ficou com apenas dois prêmios. E nas categorias com votação popular, deu o que se esperava: "Avatar", de James Cameron, foi o preferido do público entre as produções estrangeiras, e "Se Eu Fosse Você 2", de Daniel Filho, acabou sendo o mais popular entre os títulos brasileiros.
Outro filme consagrado foi o documentário "Simonal - Ninguém Sabe o Duro Que Dei", de Calvito Leal, Claudio Manoel e Micael Langer, com quatro prêmios Grande Otelo, inclusive o de melhor documentário de longa-metragem.
Foi a atriz Dira Paes quem deu início à cerimônia de entrega do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. A apresentadora interpretou um discurso apaixonado sobre o cinema, destacando uma homenagem do evento aos exibidores, responsáveis pelas salas de cinema. A abertura logo deu espaço aos atores Ingrid Guimarães e Murilo Rosa, anfitriões da noite.
Longas
A cineasta Anna Muylaert foi a vencedora dos prêmios principais: venceu melhor filme e direção por ''É Proibido Fumar". Muylert subiu ao palco com a produtora Sara Silveira. "Eu não faço bilheteria como Daniel Filho mas sei como ganhar prêmios", brincou Silveira, lembrando prêmios de outros filmes que produziu. Já Muylaert, lembrou de Glória Pires. "Sem ela este filme não estaria aqui neste momento", disse. O fime ''É Proibido Fumar" acumulou cinco prêmios no total. Além dos dois mencionados, arrebatou as categorias trilha sonora, roteiro original e montagem de ficção
Já ''Se eu Fosse Você 2'' levou um prêmio esperado, considerando sua grande bilheteria: por votação popular, foi escolhido como o melhor filme de 2009. Subiu ao palco o diretor Daniel Filho, que lembrou em seu discurso o homenageado da noite, Anselmo Duarte. "Este é um filme popular. O Anselmo defendia isso", disse. Também por voto popular, foi escolhida a história em 3D "Avatar", de James Cameron, na categoria de filme estrangeiro.
Antes, foram anunciadas a categoria internacional para "Bastardos Inglórios", de Quentin Tarantino; e o infantil, ''O Grilo Feliz e os Insetos Gigantes'', animação em 3D dirigida por Walbercy Ribas e Rafael Ribas. Já na categoria documentários, "Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Dei" foi o vencedor e teve agradecimentos dos três diretores Calvito Leal, Claudio Manoel e Micael Langer.
Atores
A atriz Lilia Cabral apareceu bastante emocionada no palco para receber o prêmio de melhor atriz por seu papel em ''O Divã'', superando a então favorita Glória Pires, indicada por dois papeis. "Agora posso dizer que faço cinema", disse Lilia. Já Tony Ramos confirmou expectativas: venceu o prêmio por ''Se Eu Fosse Você 2'', de Daniel Filho. O ator também estava indicado na categoria por "Tempos de Paz''. "Há 46 anos vivo os momentos que os personagens me permitem ter", disse Ramos, lembrando do seu tempo na profissão.
Para anunciar os atores coadjuvantes - melhor ator e melhor atriz - foi convidada a global Deborah Secco, que anunciou os premiados: Denise Weinberg, pelo papel de Ruiva em "Salve Geral"; e Chico Diaz, como camelô em "O Contador de Histórias".
Mais momentos
Também foram premiados os curtas-metragens "Juro que Vi: O Saci’’, de Humberto Avelar; "Superbarroco" , de Renata Pinheiro; "De Volta ao Quarto 666’’, de Gustavo Spolidoro; figurino, para Marília Carneiro, por “Tempos de Paz’’; maquiagem, para Martim Marcias Trujillo, por “Besouro”; e direção de fotografia para Ricardo Della Rosa, por “À Deriva”.
Um dos pontos altos da cerimônia foi a homenagem ao cineasta Anselmo Duarte, falecido no final de 2009, que teve discurso emocionado de Glória Menezes, atriz de ''O Pagador de Promessos''. A atriz pediu ao escritor Inácio de Loyola Brandão, amigo do diretor, que escrevesse o texto. O público aplaudiu de pé.
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