sexta-feira, 16 de abril de 2010
Comédia romântica explora química entre Aniston e Butler
Raramente há novidades em filmes do gênero comédia romântica. O espectador, que já conhece o casal protagonista, tem como certo o desfecho, independentemente de qual seja a história. Então, qual pode ser a atração de uma história cujo fim já se conhece?
Em "Caçador de recompensas", é difícil negar que a resposta é a simpatia da dupla protagonista Jennifer Aniston (a ainda eterna "Friends") e Gerard Butler (de "300"). Eles dão voz e forma ao roteiro de Sarah Thorp (de "A marca"), em uma produção um tanto irregular de Andy Tennant (de "Hitch - Conselheiro amoroso" e "Doce lar").
Na trama, Nicole (vivida por Jennifer) será presa a menos que compareça ao tribunal. Repórter ciosa de seu ofício, ela prefere seguir os palpites de sua fonte em vez de enfrentar o júri. Melhor para Milo (interpretado por Butler), ex-policial e, aqui, caçador de recompensas, que dá uma oportunidade de entregar sua ex para a polícia e receber uma polpuda compensação. No entanto, o crime que Nicole investiga tem como participantes os antigos colegas de polícia de Milo - o que ele ignora. Como complicador, ele ainda é cercado por capangas de agiotas, a quem deve uma pequena fortuna.
Química vigorosa
Sobram na tela as divertidas peripécias vividas pela dupla de protagonistas, com piadas que unicamente dependem da química - que é vigorosa - entre os atores, Aniston e Butler. Eles conseguem superar o roteiro e dar vida aos seus personagens, apesar das limitações dramáticas de ambos.
Não deixa de ser curiosa a trilha sonora da produção, com canções de Ke$ha (sim, é assim mesmo que se escreve), com uma nítida tônica adolescente. Embora comédias românticas sejam universais, esta, por exemplo, deve ser recomendada a um público específico: os fãs dos protagonistas. Sem eles, não haveria história e. claro, interesse.
Novo cartaz de 'Shrek para Sempre' é divulgado
Contagem regressiva para a estreia do quarto filme com o ogro mais simpático do cinema: Shrek, que acaba de aparecer em novo cartaz divulgado pela Paramount/DreamWorks. Na imagem promocional, de um lado Shrek e sua turma de ogros verdes, do outro Rumpelstiltskin (novo personagem) e as bruxas do reino do fantástico.
Shrek para Sempre, a história que vai criar um universo paralelo para os personagens principais, estreia nos cinemas brasileiros no dia 9 de julho e a direção do filme agora é de Mike Mitchell. Na dublagem original, atores conhecidos como Mike Myers, Cameron Diaz e Eddie Murphy fazem as vozes dos protagonistas.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
FURIA DE TITÃS E CHICO XAVIER DOMINAM BILHETERIAS.
"Fúria de Titãs" domina bilheteria nos EUA em fim de semana de estreia, mas no Brasil o filme deve estrear apenas em maio.
A aventura mitológica "Fúria de Titãs" dominou a bilheteria americana durante o fim de semana de estreia, apesar das críticas sobre a qualidade de seu formato 3D, e arrecadou mais de US$ 64 milhões.
A nova versão de um clássico de mesmo nome de 1981 triunfou em sua estreia nas salas de cinema dos Estados Unidos, confirmando a aceitação do público do formato 3D, tanto dos filmes bolados com essa tecnologia quanto daqueles produzidos inicialmente em 2D e transformados em 3D posteriormente.
Esse foi o caso de "Fúria de Titãs" e de "Alice no País das Maravilhas", que convivem com filmes atualmente em cartaz como "Avatar" e "Como treinar seu dragão", realizados diretamente em três dimensões.
"Fúria de Titãs" liderou a bilheteria nos EUA após lucrar mais de US$ 64 milhões, mais do dobro do segundo filme de maior bilheteira entre sexta-feira e domingo, o filme de Tyler Perry e Janet Jackson "Why did I get married too?".
"Como treinar seu dragão", animação dos estúdios DreamWorks, também brilhou em seu segundo fim de semana em cartaz nos EUA, somando US$ 29 milhões. Já "The Last Song" se tornou o quarto filme de maior bilheteria, com mais de US$ 16 milhões.
Após cinco semanas em armação para cartazes, "Alice no País das Maravilhas", de Tim Burton, situou-se como o quinto filme com mais bilheteira após obter mais de US$ 8 milhões em venda de ingressos. O filme já ultrapassou os US$ 300 milhões de arrecadação nos Estados Unidos.
Quase 600 mil assistem a "Chico Xavier" e filme bate recorde. O filme está em cartaz em 377 salas do país.
O filme "Chico Xavier", que estreou na sexta-feira passada, foi visto por cerca de 590 mil pessoas, segundo a distribuidora Dowtown. A cinebiografia do médium se torna, assim, a maior bilheteria da história do cinema nacional desde 1995, nos três primeiros dias de exibição. O número de espectadores de um filme na estreia costuma ser determinante para o resultado global e serve de termômetro para a indústria.
Dirigido por Daniel Filho, "Chico Xavier" bateu "Se Eu Fosse Você 2" (2009), visto por cerca de 570 mil espectadores em seus três primeiros dias em cartaz. "Lula, o Filho do Brasil" (2010) fez 220 mil no fim de semana de estreia, e "Avatar" (2009) registrou mais de 800 mil.
domingo, 4 de abril de 2010
FURIA DE TITÃS
Perseus (Sam Worthington) é o único que pode salvar sua família de Hades (Ralph Fiennes), um vingativo deus das trevas. Sem nada a perder, ele lidera uma missão para derrotar o vilão, antes que ele alcance os poderes de Zeus (Liam Neeson), rei de todos os deuses. Inicia-se, então, uma jornada por mundos desconhecidos.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Chico Xavier o Filme
A cena de abertura tem fôlego e sopra os bons ventos de uma narrativa que parece fadada ao sucesso e a recordes de bilheteria. A figura de Chico Xavier aparece pela primeira vez no filme recoberto pelos olhares quase devotos das pessoas que, se não entendiam, acreditavam e, se não acreditavam, davam a ele o benefício e o mérito da dúvida. Numa sala fechada, o personagem cético de Tony Ramos dá as ordens: "fecha na câmera 2, abre para o público, close no entrevistado". O diretor orquestra um programa de TV chamado Pinga Fogo, o mesmo que, em 1971, deu visibilidade nacional para aquele que já era o médium mais popular do Brasil. Mas eis que logo entra em cena o primeiro flashback e com ele somos convidados pelo diretor Daniel Filho a uma narrativa de eletrocardiograma, cheia de pontos altos e baixos.
As inserções do esquema de perguntas e respostas do Pinga Fogo serve como elemento que costura o filme nos três períodos de tempo que ele usa para resgatar a história de Chico Xavier, homem que, se estivesse vivo, completaria nesta sexta-feira (2) seu centenário. Quando criança, ele é interpretado por Matheus Costa (rosto conhecido de novelas como Cobras e Lagartos e Três Irmãs). Na primeira fase adulta, quando ele assume sua mediunidade e passa a usá-la para ajudar as pessoas, o ator é Ângelo Antonio.
No terceiro momento, aí sim já na imagem a qual o brasileiro se acostumou quando se falava de Chico Xavier, o personagem assume o corpo do ator de mesmo sobrenome: Nelson Xavier, em uma daquelas interpretações inquietantemente semelhantes ao personagem real (algo que, no cinema brasileiro, só aconteceu antes com igual intensidade quando Daniel de Oliveira se vestiu de Cazuza em 2004).
Os momentos biográficos do filme, todos baseados no livro As Vidas de Chico Xavier, do jornalista Marcel Souto Maior, são acertados no que diz respeito aos recortes de tempo, que tentam criar um panorama emotivo das motivações, frustrações e crenças pessoais que construíram o caráter de Chico Xavier.
Anexa a essa biografia, os personagens de Tony Ramos e Christiane Torloni, pais que perderam um filho adolescente, criam o elo entre os mais habituais sentimentos entre o público e Chico: ora de incredulidade, ora de reverência e quase sempre de uma intrigante curiosidade. Ele no papel do agnóstico e ela no papel de mãe. E, por mãe, entenda-se não apenas um laço familiar, mas uma religião própria, apegada a qualquer possibilidade em reaver sua ligação umbilical com o filho morto.
Tony Ramos e Christiane Torloni comportam toda a carga dramática que liga a memória do brasileiro sobre Chico Xavier, e muitas vezes imprimem tamanha tensão ao drama que se tem a constante sensação de que os personagens estão implodindo a cada vez que respiram. Aliás, inevitável ligar a personagem de Torloni à experiência da própria atriz, que perdeu um filho e que parece aqui exorcizar dramas que estão bem além de uma interpretação técnica.
Tendo todos esses méritos postos e enunciados, o filme peca - um pecado que não é religioso, mas sim criativo - quando tenta criar uma biografia combo família, com elementos de drama, suspense e comédia que muitas vezes são acionados como quem aperta um botão para lembrar que, como qualquer cinemão, a intenção aqui é divertir acima de tudo. Diversão não é ruim, nunca foi, o problema acontece quando, dentro do cinema, você se faz ciente de como ela é postiça, de maneira tal que faz o espectador se descolar do drama que deveria o consumir quase que irracionalmente.
Pesando contra também existe um tom particularmente brega em algumas passagens. Há uma cena bucólica que te deixa com uma sensação de déjà vu daquelas paisagens de gramas e pequenas quedas d'água da novela A Viagem - lembram dela? Aliás, é bom frisar que, em qualquer ocasião da dramaturgia, criar uma cena com quedas d'água é um risco que os diretores não deveriam correr.
No mesmo tópico, testa franzida também para a indumentária meio romana, meio jedi do guia espiritual de Chico Xavier, Emmanuel, e suas interferências de oráculo que soam como um filme de ficção científica. A trilha sonora de Egberto Gismonti, que costuma acertar, também não ajuda com seus "sobe-sons" ora angelicais, ora épicos.
Relevando-se esses pontos mais baixos do já citado eletrocardiograma, Chico Xavier é um filme que cumpre com a promessa de dar eloquência ao personagem biografado, uma figura que, certamente, moverá multidões aos cinemas. A lembrar que, durante as conversas de coletiva de imprensa, não apenas Daniel Filho como os distribuidores de Chico Xavier fizeram questão de frisar que este não é um título posicionado como um filme religioso, mas sim como um filme biográfico sobre alguém que, era consenso, transmitia uma estranha paz.
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